Bom, agora é arregaçar as mangas e lutar. E vencer.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Para Aldênia.


Anjo existe , sim senhor!




São nossos cuidadores.

“Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos” Salmo 91, 11.
Anjos são criaturas celestiais alados acreditados como sendo superiores aos homens , que servem como ajudantes ou mensageiros de Deus.
Na minha concepção também existem anjos terrenos que vivem por aí distribuindo amor e fazendo o bem.
Eu tenho alguns anjos na minha vida. A Rachel, minha filha querida que é um anjinho no céu.
Aqui na terra também vários anjos me acompanham, mas hoje quero falar de um que está me ajudando a trilhar esse caminho difícil que é o tratamento de um câncer, este não é um ser celestial, não possui asas mas com certeza é um mensageiro de Deus: é a minha prima Aldênia.

Este post é dedicado a ela.

Aldênia e eu somos primas de segundo grau , meu avô era irmão da sua avó. Nós fomos criadas praticamente juntas ali pelas margens do rio Parnaíba, na cidade de Alto Parnaíba-MA. Tenho muitas lembranças da nossa infância.
Lembro que a sua primeira casa ficava bem pertinho do rio onde ela morava com tio Toinho ,seu avô (falecido) tia Ziloca, sua avó (falecida), Badina, sua tia, Alda,Calixto e Paulo Cleuber, que faleceu na véspera dessa minha cirurgia para grande tristeza de todos nós. Essa casa da beira do rio foi demolida para a construção do cais na primeira gestão do nosso tio Rochinha (falecido). Com o dinheiro da indenização eles construíram outra casa, mais afastada do rio e mais próxima da minha.
Eu gostava de ir para a casa dela brincar com suas bonecas e tirar goiabas no quintal. Badina brigaaaaaaaaaaava! Rsrsrsrs... Era a tia Ziloca que costurava os meus vestidos e os da minha irmã. Os dela acinturados porque ela já estava ficando mocinha e os meus do tipo “trapézio”( horrorosos) rsrsrs..........
Estudávamos no Grupo Escolar “Vitorino Freire”, onde minha mãe era diretora, depois fomos para o Ginásio Alto Parnaibano onde concluímos o ensino fundamental. Portanto, fomos colegas de aula da primeira à oitava série. Então nos separamos: ela foi estudar em Teresina-PI e eu fui para Balsas- MA. Para fazermos o ensino médio.
Casamos em julho de 1978. Eu com o Lustosa no dia 14 e ela com o irmão dele, o Paulo, no dia 17.
Depois de casada Aldênia morou em Brasília- DF, Santa Filomena, Bom Jesus, Corrente e agora em Teresina-PI. Acho que ela é meio nômade... rsrsrs.
Eu finquei raízes em Santa Filomena e agora estou ficando mais em Teresina por causa do meu tratamento.
Nossa amizade se estreitou ainda mais durante esse meu tratamento pois a partir do momento em que falei para ela do meu problema, nunca mais ela se afastou de mim, está sempre me acompanhando a consultas médicas, laboratórios, clínicas, hospitais, fisioterapias, etc. Mesmo quando eu estava com meus outros familiares, mas era ela que entrava comigo em todos os lugares, parecia previamente combinado. Serviu até de enfermeira para o Dr. Luís Airton num sábado em que ele me atendeu porque eu estava nervosa com a cirurgia (saía uma secreção), por isso ela é a única pessoa que já viu o lugar da operação, além de médicos e enfermeiras.
Aldênia, não tenho palavras para expressar a gratidão que tenho por ti mas tenho minhas preces e o meu amor para te oferecer por toda minha vida.
Que Deus te ilumine e proteja sempre e à tua família.
Obrigada , prima você é ÓTIMA!

5 comentários:

  1. Marta,gostei do seu blog
    um exemplo de superação!
    me emocionou!
    beijos,Alda e Familia

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  2. Ao ler esse depoimento só chorei,aconteceu muitas coisas tristes naquele tempo.Mais tambem aconteceu muitas alegria,seria impossivel conseguir contar tudo,tenho muitas saudades daqueles tempos! Beijos Alda.

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  3. Me emocionei muito ao ler este post. Tia Aldênia é mesmo um anjo. Beijo, te amo. Quiel

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  4. Tenho que concoradar com Ezequiel,
    quando a minha mãe sofreu ela tbém foi um anjo.

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  5. Escolhi esse texto pelo justo reconhecimento à Aldênia, nossa prima estimada, amiga e solidária. Martha, o teu DNA se torna visível a cada momento. Agora, além do bom gosto intelectual, literário e da escrita, que vem dos pais, o lado da historiadora e da cronista que me encantou, me maravilhou, especialmente pela coerência e pela força espiritual de superação dos dramas comuns aos humanos. Que Deus, Lulu, tio Elias, pai, Raquel, vô e vó e todos aqueles que nos antecederam, continuem a preservá-la assim - coragem, fibra, inteligência e fé. Beijos do primo amigo, Décio. Ana Dacy e Vera enviam beijos.

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