A descoberta.

  “ De tarde vem o pranto; de manhã, gritos de alegria.”

(Salmo 30:6)

A minha primeira mamografia foi em fins de março de 2010, quando eu já desconfiava que havia algo de errado no meu seio esquerdo. Eu estava com 52 anos de idade e, como devemos começar a fazer periodicamente esse exame a partir dos 40,então eu o estava fazendo tardiamente.

Eu sempre fui muito cuidadosa com a minha saúde, sempre que sentia algo de errado no meu organismo até mesmo algum desconforto, procurava especialista; mas do mastologista eu tinha um medo irracional. Vejam no que deu!

No momento em que a mamografia estava sendo feita já notei que havia alguma coisa errada porque a enfermeira insistia na mama esquerda e , quando pressionava no lugar onde estava localizado o tumor eu sentia uma dor aguda. Notei que outras mulheres faziam o exame e saíam mas a enfermeira pediu que eu esperasse a médica para me examinar, alegando que eu não havia trazido o resultado da ultrassonografia para comparar. Quando a médica me examinou disse que havia nódulo e não apenas cistos como foi detectado na ultrssonografia.Fui pegar o resultado na segunda -feira com minha filha e quando olhei já vi que era grave. Pedi à atendente que queria falar com a médica e ela me disse que a médica também queria falar comigo. Foi um dos momentos mais difíceis da minha vida. A médica confirmou que o meu problema era grave e que eu procurasse um mastologista com urgência.Lá mesmo tentei consultar-me mas o atendimento para consultas daquele dia já estava encerrado. À tarde liguei para minha prima Aldênia e ela marcou com o Dr. Luís Airton. A consulta foi numa quarta-feira e ficou constatado que eu estava com câncer na mama esquerda e calcificações na direita e nas axilas.O mastologista já solicitou a ressonância magnética das mamas, radiografia do tórax, ultrassonografia do abdome,uma série de exames de sangue e já marcamos a biópsia.O resultado da ressonância foi animador; o problema era só na mama esquerda, a direita e as axilas estavam livres.Na semana seguinte foi feita a biópsia e o exame imunohistoquímico para saber o grau de agressividade e o tratamento a ser seguido.Fui encaminhada para o cardiologista, Dr. Maurício Paes Landim para fazer o risco cirúrgico e foram feitos os exames do coração. Com todos os exames necessários feitos , o Dr. Luís Airton marcou a cirurgia para o dia 16 de abril; no dia 15 fiz um exame para marcar a mama. Este foi um dia (15)particularmente difícil pois além da expectativa da cirurgia, faleceu meu primo Paulo Cleuber, irmão da Aldênia que estava me acompanhando em toda essa maratona. A cirurgia foi um sucesso, no próximo post conto os detalhes.

Um beijo carinhoso a todas.